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Tratamento farmacológico da asma
11/11/2012
Publicado por: administrador

 

Texto de Sarah Diógenes
 
Tratamento farmacológico da asma

 
Agentes simpaticomimético
 
 
São agonistas  receptores adrenérgicos que relaxam a musculatura lisa das vias aéreas e inibem a liberação de mediadores broncoconstritores pelos mastócitos. Os b-agonistas estimulam a adenilato ciclase e aumentam a formação AMPc intracelular.
 
 
 
B2 agonistas
 
Apresentam duração de ação longa e seletividade para os receptores b2. Podem ser administrados por via oral ou via inalatória ( exceto a terbutalina que pode ser administrada também por injeção subcutânea ). São os fármacos simpaticomiméticos mais utilizados no tratamento da asma.
 
Exemplos :  Salbutamol, Terbutalina,Metaproterenol, Pirbuterol.
 
Outros Exemplos: Salmeterol e Formoterol ( uma nova geração de fármacos agonistas ) são fármacos de longa duração (12h ) e de alta lipossolubilidade.
 
 
Metilxantina
 
O mecanismo de ação dessa classe de fármaco é o efeito broncodilatador pela inibição da fosfodiesterase que leva ao acúmulo de AMPc que por sua vez leva ao relaxamento do músculo liso. Outro mecanismo proposto é a inibição dos receptores de adenosina na superfície celular.
 
Farmacodinamica
 
efeitos no:
 
 
 
Agentes antimuscarínicos
 
 
Essa classe age por meio da inibição da acetilcolina nos receptores muscarínicos bloqueando assim a contração da musculatura lisa das vias aéreas e bloqueando também a secreção do muco em resposta a atividade vagal.
 
Exemplos: Brometo de ipatrópio( fármaco muito utilizado na DPOC,  é pouco absorvido e não penetra facilmente do SNC. O grau de envolvimento dessa droga na via parassimpática varia de individuo para individuo ) e Tiotrópio ( agente antimuscarínico de ação prolongada ).
 
 
Efeitos adversos: 
Retenção urinária, perda de acomodação visual e agitação
 
 
 
Corticosteroides
 
Esses fármacos têm uma ação antiinflamatória mediada pela inibição de ciotocinas inflamatórias. Com isso, há uma diminuição da reatividade brônquica e um aumento do calibres das vias aéreas. Podemos destacar também a potencialização dos efeitos agonistas nos receptores B.
O tratamento como o aerossol é o método mais eficaz de evitar efeitos sistêmicos da corticoterapia. A introdução de corticosteroides como a beclometasona, budesonida, flunisolida, fluticasona, mometasona e triancinolona possibilitou a liberação destes fármacos nas vias respitórias com absorção sistêmica mínima.
 
 
Cromoglicato dissódico e nedocromila
 
São fármacos utilizados mais de modo profilático e são administrados na forma de aerossóis. Seu mecanismo de ação é por meio da alteração da função dos canais de cloreto, inibindo a ativação celular. A ação sobre os nervos é responsável pela inibição da resposta inicialdo estímulo no mastócito e eosinofilo pela inibição da resposta inflamatória a inalação de alérgenos. O pré tratamento como esses fármacos bloqueia a broncoconstrição.
 
 
Inibidores das vias metabólicas de leucotrienos
 
Os leucotrienos são sintetizados por eosinofilos, mastócitos, macrófagos por meio da 5-lipooxigenase sobre o acido araquidônico. Os leucotrienos produzem muitos dos efeitos conhecidos da asma inclusive a broncoconstrição, hiper-reatividade brônquica, hipersecreção de muco e edema de mucosa. Assim, inibindo os leucotrienos, há a diminuição dos sintomas da asma. 
 
Há duas formas de abordagens dessa inibição:
 
 

Outras drogas utilizadas no tratamento da asma
 
 
São anticorpos contra a porção IgE que era para se liga ao seu receptor nos mastócitos e outas células inflamatórias, não houvendo a ligação assim do IgE aos mastócitos, evitando a sua degranulação.
 
Com o bloqueio da entrada de cálcio, ações cálcio dependentes como contração da musculatura lisa das vias aéreas, secreção dos mucos ficam prejudicadas.
 
 
 
Bibliografia:
 
Farmacologia Básica e Clínica – Katzung – 10ª. Edição – Lange